Mais dois colegas de escola de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini devem ser ouvidos no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) nesta sexta-feira (23). Na próxima semana, estão previstos os depoimentos de cinco oficiais da Polícia Militar. Eles seriam superiores do pai de Marcelo na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e da mãe do menino, no 18º Batalhão. Com isso, a polícia espera encerrar as oitivas e aguardar a conclusão dos laudos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística. Até quinta-feira (22), 41 testemunhas do caso haviam sido ouvidas.
Marcelo, de 13 anos, foi encontrado morto junto com a família no último dia 5, dentro do imóvel onde morava, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. A principal linha de investigação do DHPP aponta o menino como suspeito de assassinar os pais, o casal de PMs Luís Marcelo Pesseghini e Andréia Regina Bovo Pesseghini; a avó materna e uma tia-avó. Pela manhã, o estudante foi normalmente ao colégio e, ao voltar para casa, teria cometido suicídio, conforme a investigação.
Para tentar traçar um perfil psicológico do adolescente, o delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco, convidou o psiquiatra forense Guido Palomba, que tomará como base depoimentos, laudos da perícia e outras informações do inquérito.
— Se nós não admitirmos psicopatologia, ou seja, anormalidade mental, doença mental, fica incompreensível.
Na avaliação do especialista, "é preciso partir da premissa que ele [Marcelo] tinha algum problema mental, pelo menos, na época do crime”.
Médica ouvida
A pneumologista Neiva Damaceno, que acompanhava o tratamento de fibrose cística, desde que Marcelo tinha um ano,prestou depoimento na quinta-feira. Ela voltou a afirmar que os medicamentos e a doença não causariam alterações no comportamento do garoto.