segunda-feira, 18 de maio de 2015

Hoje tem caminhada em Afogados pelo combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Hoje tem caminhada em Afogados pelo combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes


18 de Maio é o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, vítimas sempre tão vulneráveis à violência, muitas vezes praticada dentro do próprio lar, por quem a elas deveria dar abrigo, carinho, amor, proteção.
A Prefeitura de Afogados da Ingazeira, em parceria com o Conselho Tutelar, Diaconia, Grupo Mulher Maravilha e CREAS Regional, promove uma grande caminhada, a partir das 16 horas, pelo combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A concentração ocorre no início da Avenida Rio Branco. A caminhada seguirá em direção à Praça de Alimentação e vai envolver alunos da rede municipal de ensino e representantes de entidades que atuam na garantia dos direitos de crianças e adolescentes.
Durante toda a semana passada foram realizadas entrevistas em rádios, palestras e oficinas nas escolas e unidades de saúde do município. No último sábado, as entidades fizeram panfletagem na feira livre de Afogados, buscando alertar e sensibilizar a sociedade para o combate a esse grave crime.
A Secretaria Municipal de Educação está promovendo um concurso de redação sobre o tema com alunos do 5º e 6º ano. O vencedor ganhará um tablet. O resultado sai nesta terça (19).POSTADO PELA RADIO PAJEU.

Dois homens morrem em acidente na BR-423 envolvendo moto e caminhão


Caso foi registrado no quilômetro 99, em Garanhuns, no Agreste do estado.
Corpos foram levados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.

Do G1 Caruaru
Dois homens morreram em um acidente na noite do domingo (17) em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. O caso aconteceu no quilômetro 99 da BR-423. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, as vítimas estavam em uma moto e o condutor teria realizado uma ultrapassagem em local indevido, batendo em um caminhão.
O motorista deste veículo fugiu, ainda segundo a PRF. Em seguida, o proprietário do caminhão apareceu e informou à polícia que era ele quem estaria dirigindo. A Polícia Civil investigará o ocorrido.
A PRF informou que as vítimas tinham 45 e 34 anos - o mais velho era dono de um time de futebol de um bairro de Garanhuns e o mais novo jogava no time. Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, também no Agreste.

Afogados: Petista comemora convênios para calçamentos com Governo Federal

BLOG DE NILL JUNIOR .

O agora ex-presidente do PT de Afogados da Ingazeira Jair Almeida continua revirando arquivos e páginas que divulgam repasses federais para Afogados da Ingazeira e descobriu que há convênios a serem executados no município pelo Ministério das Cidades.
“Já que o prefeito de Afogados não divulga as ações do governo Dilma em nosso município, venho a público apresentar obras importantes que a população afogadense precisa saber”, diz em nota.
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Jair apresentou prints de dois convênios firmados com o Ministério da Cidades, de quase R$ 1 milhão para pavimentação de ruas, conforme dados do Portal da Transparência do Governo Federal. “O governo que está mudando o Brasil, continua mudando Afogados”, assina.
Jair deixou a presidência do PT recentemente e se prepara para assumir vaga no Banco do Brasil fruto de concurso público para o qual foi aprovado.
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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Para impedir 'sequestro' de filho, mãe reage a roubo de carro no DF; vídeo


'Se eu entregasse, sairiam com meu filho', disse mulher; ninguém se feriu.
Câmeras de segurança filmaram ação em estacionamento da 402 Sul.

Do G1 DF
Para evitar que ladrões levassem o carro com o filho dentro, uma mulher reagiu à ação de dois assaltantes, um deles armado, no estacionamento de um bloco residencial da 402 Sul, em Brasília. As câmeras de segurança de um prédio em frente ao local da ocorrência registraram o momento em que a mãe luta para impedir que um dos criminosos leve a bolsa dela e as chaves do veículo.
“Pediram a bolsa, pediram a chave do carro. Só que eu não podia entregar assim tão rápido, reagi um pouco. Não entreguei de primeira porque meu filho não tinha saído do carro, estava lá dentro. Se eu entregasse a bolsa e a chave eles sairiam com meu filho dentro do carro”, diz a mulher, que não quis se identificar.
A vítima afirma que entregou os pertences assim que o menino deixou o carro e foi ao encontro dela. Os bandidos pegaram a bolsa com todos os documentos e fugiram com o carro. Ninguém se feriu.
As câmeras mostram toda a ação, que dura menos de 20 segundos. Os ladrões anunciam o assalto no momento em que ela desce do veículo, deixa a mochila do filho na calçada e ajeita a bolsa. Apesar de um dos criminosos estar armado, ela disputa a bolsa até a chegada do garoto.

POLICIAIS MILITARES SÃO PRESOS EM OPERAÇÃO CONTRA ASSASSINATOS EM SERRA TALHADA


Três policiais militares foram presos nesta quinta-feira (7) em operação da Polícia Civil para reprimir homicídios em Serra Talhada e outras cidades do Sertão de Pernambuco, além de cidades da Paraíba. A “Paz no Sertão” prendeu, dois PMs de Pernambuco e um da Paraíba. Ainda serão cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em solo pernambucano.
Na ação, foram empregados 193 policiais civis e 56 policiais militares. O balanço da operação deverá ser divulgado à imprensa em data a ser definida. Moradores de Serra Talhada estavam assustados com a onda de homicídios na região, uma vez que, desde janeiro até o fim de abril, nove assassinatos já haviam sido registrados na cidade.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) chegou a enviar reforço policial para conter o clima de insegurança gerado na cidade. A sequência de crimes, inclusive, gerou especulações de que haveria uma lista de pessoas “marcadas para morrer” em Serra Talhada, o que foi negado pela polícia.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Conselheiros tutelares vivem rotina de terror com ameaças e assassinatos


Chacina em Pernambuco expôs risco que conselheiros são submetidos. Profissional é guardião dos direitos da infância e adolescência.

Ameaças, espancamentos, assassinatos. As pessoas escolhidas pela comunidade para proteger as crianças vivem uma rotina de terror.
O Conselheiro tutelar é um guardião dos direitos da infância e adolescência. Tem o dever de aconselhar os pais, ouvir reclamações, apurar denúncias de abuso e maus tratos, e avisar a justiça caso uma criança esteja em perigo.
O problema é que há reações violentas contra esse trabalho tão importante. Uma chacina no interior de Pernambuco, no começo de fevereiro, expôs o risco a que estão submetidos conselheiros de todo o Brasil.

Em uma cidadezinha do interior, a emboscada fatal. “A gente procurou o chão, porque o chão sumiu”, diz a conselheira tutelar Maria Isabel.

Três dos cinco integrantes de um conselho tutelar assassinados de uma só vez. Podia ter sido eu”, diz Maria Isabel.
Na periferia da metrópole, a ameaça. “Batiam no vidro do carro e apontavam para o menino falando que ele ia morrer”, afirma o conselheiro tutelar Abel Gramacho.

O espancamento: “Foram tapas, pontapés. Tem até uma marca aqui ainda”, afirma o conselheiro tutelar Lourisvaldo Rocha.
Não o importa o tamanho da cidade, nem a região do país. Ser conselheiro tutelar virou atividade de risco. O Conselho Tutelar foi criado junto com o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990. É composto por cinco moradores eleitos pela comunidade onde vivem, para que a própria sociedade cuide de suas crianças. No dia 4 de outubro, todos os municípios vão eleger novos conselheiros ao mesmo tempo, na primeira votação unificada do Brasil.

O mandato passa de três anos, como é hoje, para quatro anos. Os conselheiros são remunerados. As prefeituras têm autonomia para fixar o salário deles, a maioria paga salário mínimo de R$ 788 por mês. As cidades maiores pagam mais. Em Brasília, por exemplo, o salário de conselheiro é de R$ 4.684.
“Conselheiro, para mim, é anjo sem asa. É aquele que guia. É aquele que mostra um caminho”, diz conselheira tutelar Carla Patrícia.

Mas famílias que expõem crianças a algum risco nem sempre aceitam a intervenção de conselheiros que, muitas vezes, moram no mesmo bairro.

Mulher: A partir do momento que vocês "entrou" na minha vida, vocês "acabou" com a minha vida. Acabou!
Conselheira tutelar: Nosso intuito é tentar melhorar.
Mulher: Não. Não! Vocês não ajudaram. Vocês só ajudaram a atrapalhar.

“Hoje nós somos os bichos-papões das crianças. Porque a pessoa não diz à criança que o conselho está para lhe defender. Ela diz: ‘o conselho vai lhe punir, o conselho vai te prender’. E não é isso”, afirma conselheiro tutelar Anderson Amaro,

As polícias estaduais têm de dar segurança aos conselhos. E a lei diz que as prefeituras e, no caso de Brasília, o governo do Distrito Federal, têm de dar estrutura para que eles funcionem. O que nem sempre acontece. “A realidade é uma só: é descaso, é falta de prédio, é falta de transporte, é falta de material de trabalho, às vezes o básico”, afirma a conselheira titular Ildene Cardoso Rodrigues.

Em Tufilândia, no noroeste do Maranhão, o Conselho Tutelar funciona em uma sala acanhada.

Fantástico: O que vocês têm à disposição de vocês é esta sala apenas?
Nicilene Nogueira, conselheira tutelar: Sempre foi esta sala. Não é de agora não.

Não há privacidade para ouvir vítimas de abuso. Nem carro para fazer visitas. Nem orçamento o conselho tem, embora a lei mande destinar 2% do Fundo de Participação dos Municípios.

“Também não vamos botar a culpa só na administração que está hoje, porque todas as administrações que passaram por aqui é sempre a mesma coisa”, afirma o conselheiro Expedito Teixeira.

E o pior: a última eleição foi em 2003. Os conselheiros são reconduzidos pela prefeitura sem votação.

Nicilene Nogueira: Estamos já com 11 anos.
Fantástico: Mas por que nunca teve eleição?
Nicilene Nogueira: Porque os gestores nunca fizeram.
Fantástico: A prefeitura nunca providenciou?
Nicilene Nogueira: Não, nunca providenciou.

Tudo ilegal. Fantástico foi saber do prefeito o porquê disso. Mas ele não veio hoje.
É o chefe de gabinete quem se explica.

Fantástico: Por que até agora não foi feita uma nova eleição e permanecem os mesmos conselheiros desde 2003?
Edmilson Lopes: Sim. Observa só: essa gestão, ela responde a partir de 2013, 1º de janeiro de 2013.

Será que os políticos e prefeitos entendem a importância do conselho?

Edmilson Lopes: O Conselho Tutelar é de responsabilidade não da classe política, mas da sociedade civil organizada.
Fantástico: Mas a lei diz que a prefeitura tem de dar as condições para que o conselho possa funcionar plenamente.
Edmilson Lopes: Isso, a lei diz que a prefeitura tem que dar as condições, a lei diz que o município tem de funcionar na sua plenitude. Esse é o gabinete do prefeito. Você pode dar uma olhada nas condições e que é um pouquinho diferente da maioria das cidades onde você passou e fez outras matérias.     
Fantástico: O senhor acha que o município não tem condições de dar ao conselho um funcionamento melhor do que ele tem hoje?
Edmilson Lopes: Nas atuais circunstâncias, não.

Essa precariedade se reproduz até mesmo na capital do país. Em 2013, o Fantástico mostrou o Conselho Tutelar de Samambaia, no Distrito Federal, cheio de goteiras. Mais de 100 processos destruídos pela água da chuva.

Chover, não chove mais. O telhado foi consertado logo depois da reportagem. Mas isso não significa que os problemas não se acumulem, especialmente no que diz respeito à segurança, ainda que a 100 metros do local exista uma delegacia de polícia.

“Tem uma delegacia aqui na frente, mas isso não intimidou os agressores. Aqui nesse local que a gente está, teve nove tiros aqui entre um assaltante e um policial”, afirma o conselheiro tutelar Ilton Teixeira.
Fora a surra que um conselheiro levou na sala dele, dentro do conselho. “Apanhou de pau aqui, teve sangue, o conselheiro tutelar registrou ocorrência policial”, conta Ilton Teixeira.
E o risco não se restringe aos horários de trabalho. “Nós somos integrantes dessa comunidade, nós somos dessa comunidade. Então a gente, às vezes, se sente. Você vai na padaria com seu filho e você se sente ameaçado”, diz Ilton Teixeira.

Em outra cidade do Distrito Federal, um conselheiro não sabe mais o que fazer.

Fantástico: Quantas vezes você já foi ameaçado?
Conselheiro tutelar: Fui ameaçado três vezes.
Fantástico: E agredido fisicamente, quantas?
Conselheiro tutelar: E agredido fisicamente duas vezes.

A primeira vez, foi perto da casa dele. “Murros, socos. Teve um momento em que eu caí, e nesse momento eu fiquei com mais medo porque eu pensei que eles iriam pular na minha cabeça”, afirma o conselheiro tutelar.

Na segunda vez, ele estava dentro de um ônibus. “Só que dessa vez eu apanhei muito, fui jogado de dentro do ônibus para fora, sangrei, meu nariz chegou a quase quebrar. Eu, nesse momento, realmente pensei: ‘acho que agora eu vou morrer’”, conta o conselheiro tutelar.

Voltou ao trabalho depois de ficar afastado por dois meses para se recuperar. Mas o medo nunca mais o abandonou. “Porque aí a gente cai na real de que é muito fácil você matar um conselheiro”, conta.

Foi o que aconteceu com Lindenberg Vasconcelos, Carmen Lúcia da Silva e Daniel Farias. Eles foram emboscados em uma estrada rural de Poção, no agreste de Pernambuco.

Os três conselheiros, uma menina de 3 anos, órfã de mãe, e a avó materna dela estavam no carro. Só a criança sobreviveu. A cidadezinha de 12 mil habitantes entrou em choque. “Ainda hoje eu não estou acreditando no que eu vi não”, diz o agricultor Luciano dos Santos Silva.
“Foi um sentimento para todo mundo. Porque Poção aqui nunca existiu dessas barbaridades, gente. De jeito nenhum”, afirma o agricultor Manuel José da Silva.

A polícia de Pernambuco prendeu seis envolvidos na chacina, inclusive a mandante: Bernadete de Lourdes Rocha, avó paterna da criança. Ela disputava a guarda da neta com a avó materna assassinada. Só um dos acusados está foragido: Welliton Silvestre que seria um dos pistoleiros.

Na varanda do Conselho Tutelar de Poção, um pano preto. Três novos conselheiros já assumiram.

Fantástico: Está como medo?
Elizer Bezerra: Com medo, mas estou aqui procurando fazer o que é melhor para a nossa sociedade.

Colegas das cidades vizinhas foram até lá fazer uma corrente de oração. “E nós queremos louvar por todo o trabalho que os nossos irmãos desempenharam nessa passagem deles aqui na Terra. E dizermos nós, que ficamos, que nós estamos na luta”.

Todos têm alguma história de ameaça para contar. “Algumas pessoas botando a gente para descer apontando arma para gente”, diz o conselheiro tutelar Rodrigo Angelo.
“Chegaram até a chutar a porta para tentar entrar e pegar a gente”, conta o conselheiro tutelar Claudivan Macena.
Não foi fácil preencher as vagas do conselho de Poção. Da imensa lista de suplentes, só Elizer, Donizete e Isabel toparam. Mesmo assim com restrições. “Se eu tiver que entrar no carro do conselho, eu renuncio. Eu renuncio. Não é que vai acontecer a mesma coisa. Mas psicologicamente eu não tenho condições de entrar e me sentar no mesmo lugar onde eu sei que os meus colegas foram assassinados”, afirma Isabel. 
Isabel conviveu muito com os colegas assassinados, algumas vezes, cobrindo as férias deles.
“A gente sempre brincava para disfarçar o nervosismo. Só um que não era muito nervoso, que amava demais e não temia, era Lindenberg”, diz Isabel

Um homem de bem com a vida. Inteiramente dedicado às crianças da cidade. “Era o primeiro a chegar no Conselho Tutelar, era o último a sair”, conta Luís de França, pai de Lindenberg.   

Lindenberg deixou mulher, dois filhos, e um pai inconformado. “Me orgulho do seu legado, da sua dedicação, da sua defesa aos mais humildes e aos mais necessitados. É o que eu posso dizer para o meu filho”, afirma Luís de França.
Daniel não tinha filhos. Carmen Lúcia deixou uma adolescente de 14 anos. “Eu só queria Justiça. Eu queria que eles pagassem pelo que eles fizeram”, diz a jovem.
Apesar do medo, os novos conselheiros de Poção já estão em campo. “Se a gente não assumisse, o conselho poderia fechar. E não é justo, pelo trabalho que os outros desenvolviam e que eles morreram trabalhando, a gente se acovardar, por medo”, destaca Isabel.

Há muito a fazer, em uma cidade tão pobre, com famílias enfrentando a escassez e a desesperança e encontrando nos conselheiros tutelares o único amparo possível.

“A gente não vai deixar o medo ser maior do que os sonhos e os ideais. Medo nós temos, mas nós temos de ir à luta”, afirma Isabel.
Edição do dia 03/05/2015 G1 FANTÁSTICO DO ULTIMO DOMINGO.