Questões de infraestrutura não apresentaram grandes problemas e as manifestações nas ruas não tiveram as mesmas dimensões das de junho de 2013. Veja abaixo alguns dos principais acontecimentos nessa primeira parte do Mundial no país:
Suárez
O atacante do Uruguai Luis Suárez recebeu a maior punição já dada em uma Copa do Mundo após morder um adversário italiano durante um jogo. Suárez foi suspenso por nove jogos e banido do futebol por quatro meses.
O atacante era o herói da seleção uruguaia porque havia se recuperado de uma lesão no joelho em um prazo recorde, a tempo de participar da Copa.
Artilheiros
Em uma primeira fase com alto saldo de gols, três nomes se destacaram entre os atacantes deste mundial: Müller, da Alemanha, Messi, da Argentina, e Neymar, do Brasil.
Apito amigo
O jogo que abriu a Copa do Mundo contou com o apito amigo do juiz japonês Yuichi Nishimura, que caiu no teatro do atacante brasileiro Fred e marcou um pênalti que mais ninguém viu. O lance resultou no segundo gol do Brasil e desequilibrou a partida. A seleção brasileira acabou vencendo a Croácia por 3 a 1. O árbitro foi 'encostado' pela Fifa e virou piada na internet.
Costa Rica
O time foi considerado a grande surpresa do mundial, após vencer o Uruguai por 3 a 1, a Itália por 1 a 0 e empatar com a Inglaterra, já eliminada.
A equipe chegou na competição como o mais fraco do chamado 'Grupo da Morte', chave que tinha nada menos que três Seleções campeãs mundiais, Itália, Uruguai e Inglaterra. Leia mais.
Campeã humilhada
A campeã mundial Espanha desembarcou no Brasil como uma das seleções favoritas ao título. Mas a 'Fúria' não foi longe. Ao estrear, foi humilhada ao levar uma sonora goleada de 5 a 1 da Holanda, e perdeu o rumo no Brasil. Foi derrotada pelo Chile e venceu apenas a frágil Austrália. Eliminada, voltou para casa bem mais cedo.
Adeus da Azzurra
A Itália também decepcionou. A tetracampeã fez planos para chegar ao pentacampeonato e o sonho ficou ainda melhor após vencer a Inglaterra na estreia no 'grupo da morte'. Um bom começo, mas um triste final. A Azzurra perdeu para a zebra Costa Rica e também para o Uruguai, e foi eliminada.
100%
Das 32 seleções que vieram ao Brasil disputar o Mundial, apenas quatro mantiveram o 100% de aproveitamento na 1ª fase, com três vitórias. Argentina, Bélgica, Colômbia e Holanda. Os argentinos venceram Bósnia, Irã e Nigéria; os belgas derrotaram Argélia, Coreia do Sul e Rússia; os colombianos bateram Grécia, Costa do Marfim e Japão; e os holandeses passaram pela Espanha, Chile e Austrália.
Confraternização
O bairro boêmio da Vila Madalena foi escolhido como "point" pelos torcedores que acompanharam os jogos da Copa em São Paulo. A grande concentração de turistas transformou o bairro em uma festa permanente – com direito a brigas e xixi na rua.
No Rio, a praia de Copacabana virou dormitório de argentinos e ponto de encontro de torcidas e manifestantes.
Pé-frio
A Itália se tornou a sexta vítima do pé-frio de Mick Jagger, última aposta do cantor. Antes, ele já havia dado azar ao seu próprio país, a Inglaterra, e a outras quatro seleções pelas quais declarou sua simpatia nas duas últimas edições do torneio. No final de maio, ele havia feito algo parecido ao se apresentar no Rock in Rio Lisboa, quando, em português, apostou que Portugal seria o campeão, após uma final com a Inglaterra. Os dois países foram eliminados.
Imprensa estrangeira
Os repórteres estrangeiros enviados ao Brasil para cobrir a Copa mudaram o tom pessimista e passaram a elogiar o evento.
O espanhol El País disse que 'não era para tanto' em relação ás previsões catastróficas sobre o mundial.
Já o francês Le Monde classificou como 'milagre brasileiro' o bom funcionamento da Copa do Mundo.
Violência
Não houve registros de violência grave no país relacionados ao mundial. No entanto, em Salvador, um grupo de criminosos invadiu um hotel em Rio Vermelho e roubou hóspedes de vários países.
No Rio Grande do Sul, torcedores tiveram ingressos roubados perto do estádio Beira-Rio. Estes furtos se repetiram por outras cidades do país. No Ceará, a justiça negou o pedido de liminar que obrigaria a Fifa a reimprimir ingressos furtados.
Protestos
As cidades-sede tiveram protestos durante os jogos, principalmente no dia da abertura do mundial. No entanto, houve uma concentração menor de manifestantes, se comparado ao auge dos atos, em junho de 2013.
A manifestação mais violenta ocorreu em São Paulo no dia jogo Uruguai x Inglaterra, quando black blocs destruíram carros de luxo de uma concessionária.
Aeroportos
O evento mundial começou sem que a infraestrutura para receber os turistas fosse um problema.
Os únicos incidentes registrados se referem a atrasos de voos provocados pelo clima, como chuva ou neblina.
O único aeroporto que não ficou pronto a tempo do início do mundial foi o de Manaus.
Cordialidade
Os japoneses impressionaram pela educação e cordialidade ao limpar a Arena Pernambuco após a partida Costa do Marfim x Japão no Recife. Eles percorreram as arquibancadas e recolheram o lixo produzido por eles mesmos.
Os alemães seguiram o exemplo e também limparam a praia de Copacabana, no Rio.
Invasão chilena e 'invasão' argentina
Um grupo de chilenos, sem ingresso para a partida Espanha x Chile, invadiu a sala de imprensa do Maracanã para tentar alcançar as arquibancadas.
De forma mais ordeira, os ‘vizinhos’ argentinos tomaram conta de Porto Alegre no dia da partida Nigéria x Argentina.
De acordo com a Brigada Militar, 90 mil a 100 mil turistas argentinos passaram pela capital gaúcha. Mas a passagem não foi livre de problemas, com casos de furtos e roubos de ingressos.
Chuvas
As fortes chuvas atingiram duas cidades-sede da Copa. Em Natal, a prefeitura decretou estado de calamidade pública após deslizamentos de terras.
No Recife, em 12 horas choveu o equivalente 11 dias, e ao menos 89 deslizamentos ocorreram na cidade. O rio Beberibe transbordou deixando famílias desalojadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário