Família diz que promotor ameaçou agredir filho deles.
Promotor rebate e afirma que o menino agrediu a filha dele.
“Na ocasião, o citado promotor se deslocou de sua mesa até a nossa, onde proferiu ameaças, insultos e ordenou que ninguém se retirasse do local, pois ele nos faria uma surpresa e, realmente, o fez. Os sócios, aflitos, corriam em nossa direção avisando que o promotor estaria vindo armado de um facão sob a camisa”, relatou a mulher.
Amanda ainda explicou que Valfredo disse que iria bater “na criança, no pai e na raça toda”. A confusão foi gravada por celulares de outros sócios do clube e o vídeo circula nas redes sociais.
Em postagem nas redes sociais, Amanda pede um posicionamento dos administradores do clube e pede “punição severa e célere” ao promotor. Ela ainda diz que vai representá-lo junto ao Minitério Público, ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), à Corregedoria do Ministério Público, à Delegacia de Polícia Civil, ao Conselho Tutelar e “a todos os órgãos e esferas possíveis”.
Valfredo também se manifestou nas redes sociais, afirmando que a filha dele, de 2 anos, foi agredida pelo filho de Amanda. Ele relatou que pediu que os outros dois filhos, de 6 e 8 anos, ficassem na mesa, mas que eles se revoltaram depois que a outra criança os abordou novamente e jogou uma garrafa cheia de areia contra a mesa da família.
“Quero nesse momento dizer que a vítima, juridicamente falando, foram meus filhos e depois eu, mas não procurei Conselho Tutelar, nem Delegacia, nem Justiça porque acho besteira”, disse. Valfredo ainda declarou que Amanda e o marido dela, Rommel, é que estão cometendo um crime, o de calúnia contra ele.
O G1 tentou contato com o promotor por telefone, mas nenhuma das ligações foi atendida até as 19h (horário local) desta segunda-feira (10).
Nota da APMP
A Associação Paraibana do Ministério Público, entidade representativa dos procuradores e promotores de Justiça, enviou uma nota à imprensa se posicionando sobre o caso. O documento, assinado pelo presidente Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, trata o ocorrido como um episódio isolado, causado pelo tumulto. “Valfredo Alves Teixeira sempre prestou relevantes serviços à sociedade local, com atuação diligente na área da infância e juventude”, diz a nota.
A nota ainda enfatiza que Valfredo não se apresentou como promotor de Justiça ou quis se aproveitar do cargo. “O vídeo que circula na internet não mostra a origem da discussão entre as partes, apenas registra que o associado Valfredo Alves Teixeira teria questionado eventuais agressões a seu filho, ocasião em que foi cercado por várias pessoas estranhas, que passaram a confrontá-lo e a filmar o episódio, trazendo uma maior tensão ao ambiente”, traz o documento da APMP.
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