TRAGÉDIA: INCÊNDIO EM BOATE MATA 232 JOVENS EM SANTA MARIA,RIO GRANDE DO SUL

Bombeiros tentam apagar as chamas, mas já era tarde demais para centenas de jovens sufocados pela fumaça Artefatos pirotécnicos pode ter sido a causa do incêndio considerado o segundo maior do Brasil, que matou 232 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na madrugada deste domingo. A maior tragédia deste tipo ocorreu no Gran Circo Americano, durante uma apresentação em Niterói, no dia 17 de dezembro de 1961, que matou 503 pessoas. O circo chegou à cidade com grande propaganda, se dizendo o maior e mais completo da América Latina. No dia do incêndio, 3.000 assistiam ao espetáculo. Por tratar-se de um polo educacional com várias universidades, Santa Maria tem uma grande quantidade de jovens de todas as partes do país. A festa trágica foi organizada por duas turmas de estudantes que queriam antecipar o carnaval para se divertir. Nas duas imagens logo acima, jovens posam felizes e dançam instantes antes do incêndio começar e a boate transormar-se num verdadeiro inferno. Em Santiago no Chile, onde se encontrava, a Presidente Dilma Rousseff lamentou a tragédia e embarcou imediatamente para o Rio Grande do Sul, onde encontrou-se com o Governador Tarso Genro e com as famílias das vítimas no Ginásio de Esportes para onde os corpos foram levados. De acordo com autoridades, o número de vítimas fatais teria sido bem menor caso as medidadas obrigatórias de segurança tivessem sido respeitadas, existindo inclusive a denúncia de que o alvará de funcionamento do local estaria vencido. Segundo relato de sobreviventes, o fogo começou no palco e os integrantes da banda que se apresentava tentaram usar o extintor de incêndio que não funcionou. Por causa do material altamente inflamável usado na acústica da boate, o fogo alastrou-se em questão de minutos provocando pânico nas pessoas que tentaram correr para as saídas de emergência. Neste momento, alguns seguranças bloquearam a saída e só permitiram que as portas fossem abertas quando viram a intensidade do incêndio. Atordoadas e sem respirar devido a fumaça altamente tóxica, as pessoas não conseguiram encontrar saída por falta de sinalização e faleceram amontoadas nos banheiros e por toda parte da boate. Com a chegada do corpo de bombeiros, foi iniciada uma operação de guerra para apagar as chamas e socorrer as vítimas espalhadas pelas calçadas e amontoadas dentro do prédio. Os corpos foram levados a um ginásio de esportes para o reconhecimento dos familiares. Como não poderia ser diferente, os principais jornais do mundo destacaram a tragédia que deixou o Brasil de Luto, como o El Pais, Le Figaro, BBC, New York Post e Aljazeera.