quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Bebê de 7,6kg faz dieta e em um mês emagrece quase meio quilo, em PE



Tamanho e peso foram decorrentes do diabetes gestacional desenvolvido.
Doença não apresenta sintomas e pode ser diagnostica durante pré-natal.

Do G1 Caruaru
Bebê macrossômico nasceu em Floresta, no Sertão de Pernambuco (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)Segundo a medicina, ele é macrossômico, pois nasceu com mais de 4kg (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
Um bebê nasceu pesando 7,650kg e 58cm em Floresta, no Sertão de Pernambuco. Por causa do porte físico correspondente a uma criança de seis meses, quase todo o enxoval ficou perdido e ele está passando por rigoroso regime. A primeira visita à maternidade, após o início da dieta, trouxe uma boa novidade para a família: ele diminuiu quase 500g e está mais magro.
Enfermeira pesa bebê macrossômico que está de regime (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)Em visita após nascimento, equipe constatou perda
de quase 500g (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
No entanto, Moacir Neto precisa emagrecer mais ainda para evitar algumas doenças, já que a obesidade pode trazer riscos como a vulnerabilidade a problemas cardíacos e o diabetes. O trabalho para a família é árduo e o bebê chora. “Tenho que esperar passar três horas para poder dar de mamar, não deixo ele encher a barriga. Mas, se fosse por ele, mamava de instante em instante”, comenta Hosana da Silva, mãe do menino.
Segundo a medicina, o bebê é macrossômico, pois nasceu com mais de 4kg. “Nunca tinha visto em 40 anos [de exercício da profissão] e acredito que não vou ver mais nunca", brinca o cirurgião Carlos Miranda. Ele diz que o parto foi difícil, mesmo tendo sido cesáreo. "Eu, com dificuldade pra tirá-lo, não imaginaria nunca que fosse de um tamanho daquele. E quando eu consegui tirar, fiquei espantado".
Mãe do bebê macrossômico ao lado do cirurgião Carlos Miranda, responsável pelo parto (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)Mãe do bebê macrossômico ao lado do cirurgião
Carlos Miranda, responsável pelo parto
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Mas o caso tem uma explicação: o tamanho e o peso foram decorrentes do diabetes gestacional desenvolvido pela mãe. Apesar de não apresentar sintomas, a doença pode ser constatada ainda nas primeiras consultas de pré-natal, diminuindo assim os riscos à mãe e ao bebê. “Uma das condições que fazem com que o feto macrossômico seja desenvolvido é que a mulher já tenha tido uma gravidez com as mesmas características", explica Miranda. Os pais têm outro filho, de três anos, que nasceu prematuro com oito meses, mas, mesmo assim, com 4,2 kg, considerado muito até para um bebê que nasce com nove meses.
O casal é indígena do povo Pankará, da Adeia Água Grande, em Carnaubeira da Penha, na mesma região. Marcionilio conta que a gravidez da esposa foi toda normal e acompanhada por sete consultas pré-natal. Mas, na última consulta, após um exame, o médico achou melhor encaminhar a gestante para a maternidade, e avisou que o bebê passaria dos 5kg.

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