Hipótese de roubo seguido de morte descarta possibilidade de homofobia.
Crime é investigado pelos delegados Marcelo Falcone e Everaldo Medeiros.
José Ismar Eugênio, de 42 anos, deve ter sido
vítima de latrocínio segundo delegado
(Foto: Altair Castro/Divulgação)
O delegado Marcelo Falcone, um dos responsáveis pela investigação do
assassinato do ator pernambucano José Ismar Eugênio Pompeu, de 42 anos,
acredita que o crime tenha sido um latrocínio, no qual há roubo seguido
de morte. A Polícia Civil da Paraíba abriu um inquérito para investigar a morte do ator encontrado morto com marcas de facadas no último domingo (27), em João Pessoa.
Além do delegado Marcelo Falcone, o homicídio também esta sob a
responsabilidade do titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa,
Everaldo Medeiros.vítima de latrocínio segundo delegado
(Foto: Altair Castro/Divulgação)
Para Marcelo Falcone, com a probabilidade do crime ser considerado latrocínio, o crime de homofobia a princípio passa a ser descartado. “Até o momento não tivemos indícios de que se trate de um crime homofóbico, como foi levantado por algumas pessoas. A principal linha de investigação é a de latrocínio já que alguns pertences da vítima foram levados”, disse. Apesar da porta da residência do ator não ter sido arrombada, a polícia encontrou no local de crimes sinais de luta corporal e registrou o roubo de um computador e dinheiro da vítima.
De acordo com o titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, além de ter realizado todos os procedimentos de costume no local de crime – como isolamento da área e recolhimento de vestígios pela equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) – a polícia já ouviu diversas pessoas, entre familiares, vizinhos e amigos do ator. ”Nossa equipe está toda empenhada em solucionar o crime e dar uma resposta à sociedade o mais rápido possível”, afirmou Everaldo Medeiros.
Sepultamento em Pernambuco
O corpo de José Ismar Eugênio foi enterrado na manhã da terça-feira (29) no cemitério público de Ipubi, município do Sertão pernambucano. O irmão da vítima, Josimar Pompeu afirmou que a cerimônia causou comoção na cidade. “Lá estava a família completa, parentes, bastante gente. Foi bem tumultuado, muita gente querendo tocá-lo. Precisamos abrir o caixão no próprio cemitério porque os parentes queriam vê-lo", conta Josimar. "Vieram parentes de todos os lugares, a família é muito grande", completa o irmão. O enterro aconteceu por volta das 10h da manhã. O velório aconteceu na segunda (28), no Teatro Lima Penante, em João Pessoa.
O caso
José Ismar Eugênio tinha 42 anos e foi encontrado morto dentro do próprio apartamento no domingo (27) com marcas de facadas nas costas. Nas costas de Ismar, com cortes de faca, foi desenhada a letra A. Foram levados um notebook e dinheiro que estavam no apartamento.
Segundo a delegada Júlia Valeska, o companheiro de Ismar havia marcado um encontro com o ator por volta das 13h e estranhou o fato de ele não atender as ligações. “Ele veio até aqui e, como a vizinha possuía a cópia da chave, resolveu entrar no imóvel. Quando entrou, encontrou o corpo de Ismar já sem vida”, disse Júlia, em entrevista à TV Cabo Branco.
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