terça-feira, 18 de novembro de 2014

Água da chuva invade residências em Petrolina, PE


Em uma delas a água chegou a aproximadamente um metro.
Condomínio teve muro caído.

Amanda Franco Do G1 Petrolina
Móveis sujos de lama (Foto: Amanda Franco/ G1)Móveis sujos de lama (Foto: Amanda Franco/ G1)
A chuva que chegou neste domingo (16) à Petrolina, no Sertão de Pernambuco, invadiu casas em diferentes bairros pela cidade. Em uma delas, que fica na Zona Leste, o nível chegou a aproximadamente um metro. Um condomínio localizado na Zona Norte teve o muro derrubado pela força da água.
Água levou móveis pela casa (Foto: Amanda Franco/ G1)Água levou móveis pela casa
(Foto: Amanda Franco/ G1)
No Loteamento Eduardo, na Zona Leste da cidade, a água pluvial acumulada em um terreno derrubou o murro de duas casas e invadiu uma delas. No local, um cenário de destruição. O que restou dos móveis estava molhado e cheio de lama. Pela marca da parede, a água chegou a aproximadamente um metro. Amanda Meneses contou como aconteceu. “A água saiu levando tudo pela frente. A geladeira, o armário e outros móveis vieram para a sala trazidos pela enxurrada”, disse.
A água começou a entrar na casa por volta das 18h, quando a chuva começou a ficar mais forte. “Ela começou devagar, mas subiu rapidamente. Tentamos salvar alguns móveis colocando sobre as cadeiras e mesa, mas era tão forte que fez até algumas crateras”, contou a moradora. Amanda mora com a filha e conseguiu levá-la para a casa da irmã. O cachorro de porte pequeno da família estava no quarto da adolescente e conseguiu sair nadando depois que a porta rompeu com a pressão da água.
Muro não aguentou pressão da água acumulada e caiu (Foto: Amanda Franco/ G1)Muro não aguentou pressão da água acumulada e caiu (Foto: Amanda Franco/ G1)
Cláudia de Andrade mora na casa ao lado de Amanda. Foi o muro dela que quebrou fazendo com que a água escoasse para a residência vizinha. “Na outra chuva que teve, isso não aconteceu. Aterraram o terreno no fundo e a água acumulou. Vamos conversar com o dono para falar sobre os prejuízos”, disse.
Muro de condomínio também cedeu pela força da água (Foto: Amanda Franco/ G1)Muro de condomínio também cedeu pela força da
água (Foto: Amanda Franco/ G1)
Em um condomínio no bairro Antônio Cassimiro, o muro desabou. Como o local está em um nível mais baixo do que a rua que fica por trás, a água pluviométrica acumulou e o muro não suportou a pressão. O síndico, Edésio Batista, afirma que esta situação já tinha sido informada à Defesa Civil, à Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) e à Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana. “Esta era uma tragédia anunciada porque já vinhamos falando para as autoridades que isso iria acontecer. Enviei os ofícios desde 2013”, disse. O síndico, mora no 3º andar e conta que estava em seu apartamento quando o muro caiu. “De repente foi o estrondo e pensei até que um prédio estava caindo. Quando desci já vi um monte de gente desesperada. Ainda bem que ninguém ficou ferido”, contou.
Gilvana Francisca da Silva mora no térreo do condomínio. Ela disse que todos que ficaram no térreo tiveram suas casas invadidas pela água. “Na minha casa a água ficou no calcanhar. Como eu estava em casa, comecei a gritar socorro e os vizinhos correram para me ajudar”, relatou. Gilvana mora há três anos no local e disse que isso nunca tinha acontecido.
O secretário executivo da Defesa Civil, Jenivaldo Santos, informou que serão feitas notificações aos donos de casas que ficam atrás do condomínio para que deixe um espaço onde deverá ser construído um corredor estreito entre o condomínio e o bairro para a drenagem da água pluviométrica.

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