Virgínia Souza está presa por suspeita de matar pacientes em Curitiba.
Advogado dela diz que irá alegar 'inexistência do fato criminoso'.

entrevista nesta terça (Foto: Fernando Castro/G1)
Virgínia, que era chefe da UTI do hospital, está presa desde terça-feira (19), após uma operação policial que também recolheu prontuários médicos. Ela foi indiciada por homicídio qualificado, ou seja, por acelerar a morte de pacientes sem chances de defesa para liberar leitos na UTI do Evangélico. Após a prisão, o hospital divulgou nota afirmando que o caso é pontual e aconteceu em uma das quatro UTIs do hospital, na qual toda a equipe foi substituída. No total, 47 pessoas, entre 13 médicos e 34 enfermeiros.
A carta coloca em xeque a investigação, questionando a inexistência de provas válidas. “O livre exercício da medicina está em risco no Brasil”, diz trecho do documento. Ela diz que se o modelo de investigação da polícia paranaense obtiver êxito, qualquer morte em UTI poderá ser considerada imperícia ou mesmo homicídio qualificado. “A ciência médica não pode ser relativizada ou mesmo inviabilizada no seu livre e ético exercício, pelos altos riscos a que doravante estarão expostos os seus profissionais”, diz outra parte da carta. O texto ainda classifica a investigação como “o maior erro investigativo e midiático da nossa história”.
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