De acordo com a polícia, infiltração foi autorizada pela Justiça.
Médica Virginia Soares de Souza foi indiciada por homicídio qualificado

operação policial que também recolheu prontuários
(Foto: Reprodução/RPCTV)
De acordo com a Polícia Civil, a Justiça autorizou a infiltração do policial, porém, “a medida se tornou inviável do ponto de vista operacional, optando-se pela interceptação telefônica autorizada judicialmente”. A assessoria de comunicação da Polícia Civil explicou ao G1 que, em um primeiro momento, a interceptação telefônica foi negada, mas que depois foi autorizada.
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Virgínia - “Esse foi caprichado, né?”.
Médico – “Esse foi. Quadro clínico bonito, caprichou. Bem na hora que nós estamos tranquilos”.
Virgínia - “Nós estamos com a cabeça bem tranquila para assassinar, para tudo, né?”.
No dia anterior, a polícia já havia capturado outro diálogo entre a médica e outro funcionário não identificado:
Virgínia – “Pode ser que ele diga o sobrenome, porque ele está bem espertinho. Agora o outro está morto”.
Médico – “O outro está feio na foto”.
Virgínia – “Está quieto, tem que deixar quieto. A hora em que parar o respirador – foi – pelo amor de Deus”.
Médico – “Ah, tá. Não, tranquilo”.
O advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, contestou o conteúdo do inquérito. “Vai ficar provado neste processo que a Polícia Civil do Paraná não conhece Medicina Legal”, sustentou. Anteriormente, ao G1, o advogado já havia desqualificado o conteúdo das gravações, alegando que elas foram interpretadas fora de contexto. “Há uma série de equívocos”, disse.
A delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde de Curitiba não concede entrevistas sobre o caso.
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