Quase 20 leitores do G1 enviaram seus registros da passagem do objeto.
Instituto de Pesquisas Espaciais diz que não pode afirmar do que se trata.
O funcionário público Raphael Dias, de 25 anos, filmou o fenômeno de sua casa, em Realengo, por volta das 17h30: “Avião deixa rastro de fumaça, mas isso que eu filmei o rastro ia apagando. No final, desapareceu”.
O leitor Andrei Martins Soncin Santos, de 18 anos, fotografou “uma luz incandescente” que “apareceu no céu” em São João de Meriti por volta das 18h30. “Era visível a olho nu”, lembra ele. O internauta afirma que ficou surpreso, e começou a filmar “para saber se, com o zoom da câmera, dava para ver o que era”. No entanto, ele não conseguiu identificar o objeto.
Leitor
fotografou “uma luz incandescente” que “apareceu no céu” em São João de
Meriti, na Região Metropolitana do RJ (Foto: Andrei Martins Soncin
Santos/VC no G1)
O Instituto Nacional de Pesquisas Nacionais não quis levantar hipóteses
sobre qual seria o objeto visto. Mas, segundo a assessoria de imprensa
do órgão, "uma das pesquisadoras chegou a considerar que, pela foto, até
parece um meteoro, porém ela mesma ressaltou que no vídeo a passagem
parece ser muito lenta. Os meteoros costumam ser muito mais rápidos do
que aparece no vídeo. O próprio exemplo do meteoro da Rússia mostra isso".
Objeto visto no bairro de Campo Grande, no Rio (Foto: Jéssica Alves de Medeiros/VC no G1)
O astrônomo Fernando Roig, pesquisador do Observatório Nacional,
acredita na possibilidade de um avião e descarta a ideia de o objeto ser
um meteoro. "Se durou de 5 a 10 minutos como relatado, não foi um
meteoro. Pela hora do dia, com o Sol já baixo, a coloração avermelhada
do traço é devida ao reflexo do Sol. Então, a explicação mais plausível é
que foi um avião. O fato de ver ele 'caindo' é apenas um efeito visual,
devido a que a trajetória do avião segue a curvatura da Terra e,
portanto, em algum momento ele deve sumir abaixo do horizonte."Ele complementa dizendo que "quando o avião voa à uma altura em que em que o ar é muito seco e frio, o ar quente e úmido que sai da turbina se condensa rapidamente e forma o rastro de nuvens ou de 'fumaça' que é observado. É o mesmo efeito que faz com que quando você está num lugar muito frio, você consiga ver o vapor da sua respiração. As nuvens de vapor se dissipam logo em seguida, e o efeito passa rapidamente".
A professora Jéssica Alves de Medeiros percebeu que havia algo diferente no céu e achou que fosse uma estrela cadente. No entanto, o namorado da leitora, Vinícius Abreu Areas, alegou que a velocidade estava muito lenta para ser uma estrela cadente. Foi quando o casal decidiu começar a fotografar. “Demorou uns dez minutos”, diz Jéssica, que mora em Campo Grande. “Eu achei legal. Queria saber o que era.”
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