quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Polícia Civil nega infiltração de agente na UTI de hospital, em Curitiba





De acordo com a polícia, infiltração foi autorizada pela Justiça.
Médica Virginia Soares de Souza foi indiciada por homicídio qualificado

Médica é suspeita de mortes no Hospital Evangélico (Foto: Reprodução/RPCTV)Médica está detida desde terça-feira (19), após
operação policial que também recolheu prontuários
(Foto: Reprodução/RPCTV)
A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (27), em nota de esclarecimento, que não houve infiltração de um agente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba, dirigida pela médica Virgínia Soares de Souza. Ela está detida desde terça-feira (19), após uma operação policial que também recolheu prontuários médicos. A informação da infiltração do agente havia sido repassada na sexta-feira (22) pelo advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad.
De acordo com a Polícia Civil, a Justiça autorizou a infiltração do policial, porém, “a medida se tornou inviável do ponto de vista operacional, optando-se pela interceptação telefônica autorizada judicialmente”. A assessoria de comunicação da Polícia Civil explicou ao G1 que, em um primeiro momento, a interceptação telefônica foi negada, mas que depois foi autorizada.
Veja o trecho gravado a partir de ligações em ramais da UTI:
Virgínia - “Esse foi caprichado, né?”.
Médico – “Esse foi. Quadro clínico bonito, caprichou. Bem na hora que nós estamos tranquilos”.
Virgínia - “Nós estamos com a cabeça bem tranquila para assassinar, para tudo, né?”.
No dia anterior, a polícia já havia capturado outro diálogo entre a médica e outro funcionário não identificado:
Virgínia – “Pode ser que ele diga o sobrenome, porque ele está bem espertinho. Agora o outro está morto”.
Médico – “O outro está feio na foto”.
Virgínia – “Está quieto, tem que deixar quieto. A hora em que parar o respirador – foi – pelo amor de Deus”.
Médico – “Ah, tá. Não, tranquilo”.
O advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, contestou o conteúdo do inquérito. “Vai ficar provado neste processo que a Polícia Civil do Paraná não conhece Medicina Legal”, sustentou. Anteriormente, ao G1, o advogado já havia desqualificado o conteúdo das gravações, alegando que elas foram interpretadas fora de contexto. “Há uma série de equívocos”, disse.
A delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde de Curitiba não concede entrevistas sobre o caso.

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