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A Diocese de Afogados da Ingazeira relembra esta semana o centenário de nascimento de seu primeiro Bispo Diocesano, Dom João José da Mota e Albuquerque.
Natural do Recife, Dom Mota nasceu no dia 27 de março de 1913. Filho de
José Feliciano da Mota e Albuquerque e Aline Alice Ramos da Mota e
Albuquerque, ainda na infância passou a residir em Nazaré da Mata.
Desde
cedo demonstrou interesse pelas coisas da Igreja. Seus pais, católicos
fervorosos, contribuíram para a firmeza da sua vocação No seminário de
Olinda estudou as ciências eclesiásticas e se aprimorou em sua formação
espiritual e humanística revelando-se um levita talentoso.
Na
Catedral de Nazaré recebeu o presbiterato com a imposição das mãos de
Dom Ricardo Ramos de Castro Vilela, no dia 28 de abril de 1935. Tinha 22
anos de idade.
Aos 43
anos foi nomeado bispo de Afogados da Ingazeira. Três meses depois - em
28 de abril de 1957 - recebeu a ordenação episcopal. No dia 19 de maio
de 1957 chega Dom Mota para tomar posse na diocese recém-criada, sendo
recepcionado com todas as honrarias merecidas. Um dia de glória para a
cidade ao receber o seu primeiro bispo. As cidades circunvizinhas também
se fizeram presentes, através das autoridades e fiéis que as
representavam.
Em pouco
tempo Dom Mota, homem de educação fina e singular gentileza, conquistou a
amizade de todos. Visitava as famílias e demonstrava particular
interesse pelo rebanho que por Deus lhe fora confiado.
Preocupado
com a carência da região, principalmente no que se refere à área da
saúde, empenhou-se, juntamente com o Mons. Arruda Câmara, na criação de
um hospital/maternidade, conseguindo assim a Unidade Mista Emília
Câmara, o que muito beneficiou o município e cidades vizinhas.
Deve-se
também a ele o avanço que a cidade teve na área da comunicação, com a
instalação da Rádio Pajeú de Educação Popular, tendo como meta principal
minimizar o índice de analfabetismo da região na zona rural, mediante
um programa de alfabetização de adultos, através da Rádio, programa que
veio se concretizar já com o segundo bispo da Diocese, Dom Francisco.
Com a
criação da Rádio Pajeú, Dom Mota trouxe para Afogados da Ingazeira o seu
conterrâneo Waldecy Menezes que, com alta competência, conduziu a
emissora por bastante tempo.
A criação do "Pré-Seminário" foi uma manifestação do seu particular interesse pela formação de novos candidatos ao sacerdócio.
O pouco
tempo que ele esteve à frente da Diocese de Afogados da Ingazeira -
apenas quatro anos - foi suficiente para a criação de fortes laços de
amizade recíproca, deixando um sinal de dinamismo e zelo pastoral. Dom
Mota atuou ainda em Sobral no Ceará e, em São Luiz do Maranhão, como
Arcebispo.
Em 22 de
dezembro de 2006, dezenove anos após o seu falecimento, com autorização
da família e da diocese de Nazaré da Mata, seus restos mortais foram
trasladados e sepultados na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios em
Afogados da Ingazeira. A missa de traslado, com a participação do clero
de Nazaré, foi presidida pelo bispo dom Luis Pepeu.
Dados biográficos extraídos do Afogados da Ingazeira Ontem & Hoje.
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segunda-feira, 25 de março de 2013
CENTENÁRIO DE DOM MOTA: PRIMEIRO BISPO DIOCESANO E FUNDADOR DA RÁDIO PAJEÚ
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